Considerações sobre o conceito do blog

O objeto primeiro deste blogue é conceituar a natureza da crise econômica, política e social em curso, através da análise do conteúdo intrínseco da negatividade da forma valor, relação social abstrata que se estabelece e se reproduz através da mercadoria e do dinheiro (mercadoria especial e equivalente geral), suas expressões materializadas, bem como a necessidade inadiável de sua superação como instrumento de emancipação humana e contenção dos crimes ecológicos contra a humanidade e o planeta Terra.

Recomendamos a leitura do artigo "Nascimento, vida e morte da forma valor" como forma
de entendimento do conceito do blogue.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A guerra pelo dinheiro

Qual o ponto de unidade entre o sofrimento dos trabalhadores urbanos que não conseguem se deslocar ou chegar ao trabalho no horário marcado em razão da greve dos trabalhadores nas empresas de ônibus com a morte dos passageiros do avião da Malaysia Airlines que morreram vítimas de um míssil disparado pelos separatistas ucranianos apoiados pela Rússia? O dinheiro. O sindicato grevista pugna por melhores salários (dinheiro) para os seus sindicalizados, e os separatistas ucranianos avaliam que é melhor integrarem o país russo por questões econômicas (dinheiro), antes de qualquer outra motivação de natureza étnica.


O legal, o justo e o arbitrário

Os conceitos sobre o legal e o justo costumam ser considerados pelo poder, erroneamente e infelizmente, como se fossem simétricos, ou seja, o que é legal é sempre tido como justo aos olhos da institucionalidade. Por seu turno a arbitrariedade é o que está juridicamente fora do legal, embora para muitos que raciocinam em termos de interesse pessoal ou ideológico de poder possa ser tida como critério de anteparo contra presumíveis ou hipotéticas injustiças. A maldosa e premeditada confusão histórica sobre tais conceitos e a sua aplicação prática tem causado opressão, desigualdades sociais, guerras e tantos outros infortúnios no miserável itinerário histórico da humanidade. Daí há uma necessidade de se conhecer a essência filosófica e não apenas popularmente semântica de cada um desses conceitos como forma de nos posicionarmos criticamente e podermos contribuir para uma sociedade emancipada.

O fetiche da taça

A homenagem prestada pelos jogadores da seleção de futebol alemã aos índios pataxós logo após a conquista do campeonato mundial de futebol de 2104 tem um relevante grau de simbolismo. A cena dos jogadores dançando num rito tribal em torno da taça colocada no centro de uma roda representa a adoração ao objeto da conquista desportiva – a taça do mundo. O simbolismo do brilho do ouro contido no troféu se mistura ao culto do significado subjetivo da conquista, tanto do ponto de vista da capacidade desportiva alemã, como também, e principalmente, com os resultados políticos e financeiros que advêm de uma conquista como essa. Pode-se fazer uma analogia daquela cena em torno do troféu com o culto fetichista que se faz normalmente ao móvel da sociedade “moderna” – a produção de mercadorias. Os valores econômico-financeiros que envolvem o futebol, atividade esportiva mais popular do mundo, ascendem a bilhões de reais em ganhos diretos e em merchandising, e certamente isso tem um significado expressivo numa sociedade que necessita cada vez mais de criar artifícios que impulsionem o decadente mundo mercantil.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A letra dos hinos

Na copa do mundo de futebol de 2014 que se realizou no Brasil tivemos oportunidade de conhecer as letras dos hinos dos muitos países que dela participam. O que chama a atenção é o conteúdo belicoso de tais letras, nas quais estão inseridas palavras como guerra, morte, sangue, defesa, etc. Tal vocabulário decorre de um fato inconteste: os países se formaram dentro de uma disputa territorial ou colonial na qual o vencedor geralmente obtinha a vantagem sobre os vencidos, e as independências nacionais foram obtidas em lutas que não significaram a abolição do caráter belicista de cada país independente. No momento em que escrevemos esse artigo explode mais uma vez o conflito entre judeus e palestinos com chuvas de mísseis de lado a lado; na Ucrânia se desenrola um conflito separatista; na África, no Iraque, e em vários pontos do mundo árabe grupos políticos religiosos e étnicos se digladiam entre si pelo poder territorial nacional, e a lista de conflitos seria intensa se aqui nós citássemos todas elas.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Comentário sobre um comentário

Comentário sobre um vídeo-comentário no youtube do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Junior intitulado “Manifestante, você está sendo manipulado!”