Considerações sobre o conceito do blog

O objeto primeiro deste blogue é conceituar a natureza da crise econômica, política e social em curso, através da análise do conteúdo intrínseco da negatividade da forma valor, relação social abstrata que se estabelece e se reproduz através da mercadoria e do dinheiro (mercadoria especial e equivalente geral), suas expressões materializadas, bem como a necessidade inadiável de sua superação como instrumento de emancipação humana e contenção dos crimes ecológicos contra a humanidade e o planeta Terra.

Recomendamos a leitura do artigo "Nascimento, vida e morte da forma valor" como forma
de entendimento do conceito do blogue.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Série 'Citações' (Parte III)


O orgulho, para um ator, pode ser um mecanismo espetacular do mesmo modo que o culto a Che Guevara, os integrismos e os nacionalismos, o esporte ou o terrorismo, os sindicatos e os partidos. Enquanto a religião era a proteção da potência humana no céu, onde levaria uma vida aparentemente independentemente, o espetáculo é a sua projeção sobre portadores terrestres igualmente afastados do poder dos homens que não são reconhecidos pelas próprias criaturas que o geraram. O espetáculo é, então, a forma mais elevada da alienação e, justamente, do fetichismo da mercadoria.”

Anselm Jappe, no Livro “Guy Debord”, Editora Vozes pág. 257, 1999, fazendo referência a passagem do livro  “A Sociedade do Espetáculo.”


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“Por em curso abstrações no plano da realidade significa destruir a realidade.”

Hegel, em “História da Filosofia”.
                                 


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“O futuro não virá por si só, temos de construí-lo.”

Maiakovski, poeta Russo.


                                     
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“São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto.”
                               
Carlos Drumond de Andrade.
                                   


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“Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.”

Fernando Pessoa, poeta português.





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“Um hipotético viajante espacial que examinasse nosso planeta a partir de uma órbita não muito distante, logo descobriria que existe uma civilização tecnológica na Terra. As luzes da cidade, as emissões inequívocas de ondas de rádio e de televisão, o padrão regular das plantações, são sinais claros de vida racional. Ao aprofundar suas observações, ele notaria também que alguma coisa fundamentalmente errada está ocorrendo na superfície do planeta. Os organismos inteligentes dominantes na Terra estão destruindo as suas principais fonte de vida. A camada de ozônio, as florestas tropicais e o solo fértil estão sob constante ataque. Provavelmente, a essa altura, o visitante espacial faria uma revisão da sua análise inicial e concluiria que não há vida inteligente na Terra.”

Carl Sagan, à Eurípedes Alcântara, da revista Veja, em New York, em 27 de março de 1996. 

                                


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“Ouro? Ouro amarelo, brilhante, precioso!
Eis o bastante para fazer do negro, branco;
Do feio, belo; do injusto, justo; do vil, nobre;
Do velho, moço; do covarde, valente.

Ah, deuses! E por que razão?
O que é isso, deuses sagrados?
É ele que faz com que os vossos sacerdotes e servos se afastem de vós;
Ele arrancará o travesseiro de baixo da cabeça dos moribundos.

Este escravo dourado edifica e arrasa as vossas religiões;
Abençoa os malditos, faz adorar a lepra branca,
coloca os gatunos nos bancos dos senadores
e dá-lhes  títulos, vênias e homenagens;

É ele que casa de novo a viúva deformada e velha;
Aquela que causaria náuseas num hospital de úlceras repugnantes,
O ouro a perfuma e a enfeita para um dia de abril.
Vem cá, argila maldita, prostituta comum do gênero humano”.

Shakespeare – em “Timon de Atenas”, ato IV, cena 3, citado por Karl Marx in “Contribuição para a Crítica da Economia Política, Editora Martins Fontes, 2ª Edição, fevereiro de 1983, pág. 259, notas da pág. 314





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“Onde não havia caminhos traçados, nos voamos”.


R. M. Rilke.

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