Tão lamentável quanto o controle dos ditadores sobre os órgãos de imprensa, comum em regimes fechados, onde a “verdade” emana da “sábia” vontade governamental, é a forma parcial sob a qual atuam os órgãos de comunicação dos regimes liberais capitalistas.
No primeiro caso o despotismo do poder não pode ser alvo de críticas posto que se funda na intimidação como modo de sua própria sustentação, e sempre caminha para a decomposição de sua força orgânica, graças à inconsistência da sua trágica e ridícula existência. No segundo caso a questão do controle da comunicação se dá de forma sofisticada, mas não menos nociva aos interesses sociais, onde tudo se pode dizer e criticar menos renegar a essência da forma-valor e das categorias capitalistas (trabalho abstrato, mercadoria, dinheiro, etc.) e instituições (Direito, Parlamento, Poder Judiciário, etc.) que lhe dão sustentação. Podem-se criticar o mau funcionamento dessas categorias, mas nunca as suas existências, ditas “ontológicas”.
No primeiro caso o despotismo do poder não pode ser alvo de críticas posto que se funda na intimidação como modo de sua própria sustentação, e sempre caminha para a decomposição de sua força orgânica, graças à inconsistência da sua trágica e ridícula existência. No segundo caso a questão do controle da comunicação se dá de forma sofisticada, mas não menos nociva aos interesses sociais, onde tudo se pode dizer e criticar menos renegar a essência da forma-valor e das categorias capitalistas (trabalho abstrato, mercadoria, dinheiro, etc.) e instituições (Direito, Parlamento, Poder Judiciário, etc.) que lhe dão sustentação. Podem-se criticar o mau funcionamento dessas categorias, mas nunca as suas existências, ditas “ontológicas”.
As sociedades capitalistas liberais democráticas, nascidas sob a égide dos ilusórios dísticos iluministas - liberdade, igualdade e fraternidade - têm como substrato de sua essência constitutiva as negativas relações sociais mercantis, estabelecidas pela forma-valor via categorias capitalistas admitidas como condição de justiça social. Devem ser desenvolvidas e aperfeiçoadas, pois “todos” são pretensamente iguais perante a lei, dependendo “apenas” da capacidade de cada um, independentemente de raça ou posição social, para se ficar rico e ter garantido o direito ao “paraíso”. Assim, viva a negativa lógica do desenvolvimento econômico, defendida por políticos capitalistas e comunistas, repórteres e censores, civis e militares, intelectuais e analfabetos, ateus e religiosos, empresários e empregados, e da qual, todos são dependentes. Qual o órgão da grande imprensa que pode questionar a validade da lógica mercantil e a sua essência predatória, autofágica, destrutiva e autodestrutiva?
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